Como Fazer Day Trade com o Método “The Strat”

O método de trade “The Strat” de Rob Smith, pela sua objetividade, era provavelmente a minha escolha número um se estivesse novamente a iniciar no mundo da bolsa. Neste artigo descrevo como o mesmo poderá ser aplicado no day trade.

Existem duas condições essenciais para se qualificar um trade:

1) Continuidade de tempos gráficos nos gráficos horário, 30m, 15m e 5m.

2) Observação de um padrão de candles no gráfico de 15m

Continuidade de tempos gráficos

São usados quatro tempos gráficos no método: horário, 30m, 15m e 5m. Para se qualificar uma entrada, os quatro tempos gráficos devem estar alinhados. Numa compra todas as candles dos quatro gráficos devem ser verdes e vermelhas no caso de uma venda.

Padrões de candles

Os padrões de candles são específicos do método e já escrevi sobre os mesmos no artigo Conheça o Sistema de Trading “The Strat” que deverá ler antes de passar ao exemplo prático.

Exemplo de aplicação

Logo que seja identificado um padrão de candles no gráfico de 15 minutos e exista continuidade de tempos gráficos, o trader deverá procurar um padrão de candles no gráfico de 5 minutos.

O padrão de candles no gráfico de 5 minutos reduz o risco e ativa o padrão de candles no gráfico de 15m o que adiciona uma confluência que melhora a probabilidade do trade.

O exemplo abaixo ilustra a aplicação do método.

Conheça o Sistema de Trading “The Strat”

The Strat é um método de trading de price action desenvolvido por Rob Smith que na sua essência analisa padrões de candles específicos em múltiplos tempos gráficos.

De acordo com Smith, existem trẽs tipos de candles ou barras a partir do qual se formam todos os padrões:

  • Barra interna (1): quando a candle se forma entre a máxima e a mínima da cadle interior. No grafico acima é representado a amarelo.
  • Barra direcional (2): quando a candle rompe um dos lados (máxima ou mínima) da candle anterior. No gráfico acima é representado a verde ou vermelho.
  • Barra externa (3): quando a candle rompe ambos os lados (máxima e mínima) da candle anterior. No gráfico acima é representado a violeta.

Os padrões de candles “The Strat”

Todos os padrões de candles no método The Strat são formados por uma composição das barras 1, 2 e 3 acima descritas, estando divididos em padrões de reversão e continuação.

2-1-2 Reversão
3-1-2 Reversão
3-2-2 Reversão
1-2-2 Reversão
2-2 Reversão
2-1-2 Continuação
2-2 Continuação
3-2 Continuação

Os 3 princípios do método

Existem três princípios a ter em conta na aplicaçáo do sistema:

Continuidade temporal: a direção do mercado é validada observando vários tempos gráficos. A situação ideal ocorre quando todos os tempos gráficos em análise apontam para o mercado a andar na mesma direção.

Expansão do preço: a emergência de barras direcionais e externas cria formações expansivas (rompimentos de máximas e mínimas anteriores) que conduzem a reversões e continuações no mercado onde surgem oportununidades de trade.

Barras internas: ocorrem quando se atinge um ponto de equilíbrio entre touros e ursos, enquanto o mercado decide qual a direção futura do preço. Não se operam barras internas por si só, aguardando-se o rompimento em qualquer direção.

O leitor poderá visualizar The Strat na prática na análise diária.

Pivot Points no Day Trade

Nasdaq 100 - gráfico 5 minutos - pivot points standard

Os Pivot Points são um indicador muito popular junto de traders e investidores. Este indicador é observado no gráfico através de várias linhas horizontais. Estas linhas funcionam como níveis de suporte e resistência.

O que distingue os Pivot Points dos níveis de suporte e resistência tradicionais são que os primeiros são calculados matematicamente por fórmulas através do período anterrior.

Pivot points diários e semanais

Os Pivot Points diários são calculados com base no dia anterior, os Pivot Points semanais são calculados com base na semana anterior, e assim sucessivamente.

Os Pivot Points mais uteis a day traders são os diários (tempo gráfico menor) para localizar o setup de trade e os semanais (tempo gráfico maior) para uma análise mais abrangente da estrutura de mercado.

Floor Trader Pivots

Existem vários tipos de Pivot Points, mas os mais populares, e os que uso, são os tradicionais ou Floor Trader Pivots desenvolvidos pelos traders de futuros em Chicago nos EUA na década de 60.

O cálculo dos Floor Trader Pivots, ou simplesmente Traders Pivots é realizado a partir de três preços retirados do período anterior: máxima, mínima e fecho.

Cálculo do Pivot Point Base ou Stantard (P)

O Pivot Point Base ou Standard (P) é a média aritmética da máxima (M), mínima (m) e fecho (F) do período anterior.

P = (H + L + C)/3

Cálculo dos Pivot Points de suporte e resistência (S1, R1, S2, R2, S3, R3)

Os restantes Pivot Points correspondem a níveis de suporte e resistência localizados abaixo e acima respetivamente do Pivot Point Base (P).

R1 = (2 x P) – m

S1 = (2 x P) – M

R2 = P + M – m 

S2 = P – M + m

R3 = M + 2 x (P – m)

S3 = m – 2 x (M – P)

Leitura adicional:

O Trader Disciplinado de Mark Douglas – Resumo do Livro

O Trader Disciplinado de Mark Douglas

O Trader Disciplinado de Mark Douglas é uma das obras clássicas de imprescindível leitura no mundo da bolsa de valores, e que aborda os requisitos psicológicos necessários ao sucesso no ambiente de trade.

Neste artigo apresento as minhas notas e o resumo do livro com as citações mais importantes.

Primeira parte: 7 Passos para se Tornar num Trader Disciplinado

Segunda parte: A Bolsa numa Perspetiva Psicológica

Primeira parte: 7 Passos para se Tornar num Trader Disciplinado

Notas inicias

A auto disciplina é uma técnica mental que ajuda a focar no que precisamos de aprender ou fazer para realizar os nossos objetivos.

Não podemos controlar fisicamente o que os mercados fazem, apenas podemos aprender a controlar a percecão que temos para conseguirmos vislumbrar um maior grau de realidade, isto é, com a mínima distorção possível face a todos os outros traders.

Quanto mais sofisticados nos tornarmos como traders, mais percebemos que o trading é completamente mental. Não é o trader contra o mercado, é apenas o trader contra si próprio.

Os mercados não devem nada a ninguém, porque cada um tenta ganhar dinheiro à conta dos outros. Para ser um trader de sucesso é preciso operar sem medo. O medo não nos permite aprender porque nos obriga a percecionar o ambiente atual através do nosso passado individual.

A história individual vai repetir-se até sermos capazes de a alterar, momento em que finalmente aprendemos e experimentamos algo de novo. Evoluir para além dos nossos medos é também a melhor forma de aprender a prever o comportamento do mercado e dos outros traders. Quanto mais receosos os outros traders forem, menos capacidade têm de percepcionar as oportunidades do mercado, e mais facilmente os traders mais experientes conseguem prever o seu comportamento.

Precisamos de recursos para criar os nossos limites para evitarmos cair na imprudência. O recurso que precisamos é a autoconfiança nas nossas ações, que permite estabelecer as regras de trade, independentemente das tentações para fazer o contrário.

A partir do momento em que sentimos autoconfiança e fazemos o que é preciso, não teremos nada a temer, porque os mercados deixarão de constituir uma ameaça aos quais seremos capazes de responder adequadamente.

Esta nova perspetiva do comportamento do mercado faz-se por etapas conforme vamos aprendendo a aumentar gradualmente a autoconfiança.

Como traders, é fundamental seguir as nossas regras, porque caso contrário todo o dinheiro que ganharmos iremos inevitavelmente perdê-lo. As nossas regras irão mudar conforme a evolução da nossa perceção e conhecimentos.

Um bom indicador para determinar a nossa preparação enquanto traders, e antes de evoluir para o próximo passo, é identificar o que já aprendemos ao ponto de se ter tornado na nossa própria natureza.

Passo 1: focar na aprendizagem

É necessário manter o foco em dominar as várias etapas para atingir o objetivo e não no resultado por si só, sabendo que o resultado final, o dinheiro, será um subproduto daquilo que sabe e da forma como age sobre o seu conhecimento.

Cada momento reflete o seu nível de desenvolvimento. Se considerar como erro todas as vezes que as coisas correm menos bem, então está a dissociar-se da informação preciosa dessa circunstância.

Para evoluirmos e ultrapassarmos a dor e o medo de errar, os erros têm de ser resolvidos. Precisamos de construir uma estrutura lógica onde colocamos todas as nossas experiências de trade. Esta estrutura deverá ser definida de forma a que todas as experiências tenham validade e significado, onde os erros não existem e apontem caminhos.

Quando operamos com a perspetiva de que os erros não existem, aceitamos os resultados como um reflexo daquilo que somos a cada momento, determinando o que precisamos de melhorar.

Como parte desta estrutura, também poderá alterar o conceito de oportunidade perdida. As oportunidades perdidas são os trades perfeitos que apenas ocorrem na nossa mente, mas enquanto o preço continuar a mover-se irão sempre existir novas oportunidades de trade.

Ao aceitar as oportunidades perdidas deixará de se sentir compelido a agir precipitadamente, como entrar demasiado cedo ou demasiado tarde numa posição.

Passo 2: lidar com as perdas

A partir do momento que abrir uma posição, deverá determinar qual o comportamento do mercado para assinalar quando um trade deixou de ser válido.

Deverá mudar o significado de perda, com a tomada da consciência de que as perdas não diminuem o trader como pessoa. Quanto mais rápido assimilar isto, mais fácil será identificar e fechar um trade perdedor.

Ficará deste modo disponível psicologicamente para o próximo trade, mesmo que seja na direção do trade anterior perdedor.

Quando define previamente o limite de perda e fecha posições sem exitação, deixará finalmente de existir a ameaça de ceder à possibilidade do desastre final mantendo uma posição aberta até a sua corretora fechar a sua posição com falta de fundos.

Quando tiver plena confiança para assumir as perdas, poderá chegar a um momento em que não tem de predefinir o que significa uma perda.

Existem traders que atingiram um elevado grau de objetividade e confiança, que depois de abrirem uma posição, conseguem aperceber-se de que estão num trade perdedor sem a necessidade de definir previamente o que constitui uma perda.

Passo 3: especializar num comportamento de mercado

É necessário começar pelo mínimo possível, e gradualmente, expor-se a maiores volumes de informação. Deve tornar-se especialista num único tipo de padrão de comportamento que se repete com alguma frequência. Deve também escolher um sistema de trade com um padrão mecânico em vez de discricionário, de modo a conseguir visualizar melhor o comportamento de mercado escolhido.

O objetivo é dominar todos os aspetos do sistema, todas as relações entre os seus componentes e o potencial para gerar trades de sucesso. Neste processo de aprendizagem é importante evitar todas as restantes alternativas e informações.

Começar desta forma e gradualmente incrementar outros comportamentos é um verdadeiro exercício de disciplina por si só.

Ao deixar outras oportunidades de lado do qual ainda não é especialista, estará a libertar-se do impulso de realizar trades com menor segurança. Qualquer comportamento impulsivo resulta geralmente do medo, que por sua vez gera qualquer forma de comportamento errado.

A percepção e execução de um trade são aptidões distintas. Se houverem obstáculos mentais que impeçam a execução de um trade, então aprender a percepcionar melhores oportunidades de mercado não vai resolver o problema.

Se realizar operações em vários mercados e não está a ter o sucesso que deseja, então sugiro que opere apenas em um ou dois mercados. Não expanda a sua atividade até entender bem as características dos mercados onde já opera.

Passo 4: executar um sistema de trade

Executar trades é um dos componentes fundamentais para se tornar um trader de sucesso, e provavelmente, o mais difícil de aprender.

Um sistema de trade é definido como qualquer metodologia que identifique consistentemente uma oportunidade de operação com potencial de lucro, e como este interage com o mercado e com o trader.

Os melhores sistemas de trade, técnicos ou não, permitem ganhar dinheiro consistentemente a longo prazo. Estes reduzem os múltiplos fatores inerentes ao comportamento humano a simples probabilidades estatísticas prevendo o que poderá acontecer a seguir.

Psicologicamente, as pessoas têm dificuldade em agir sobre oportunidades com resultados incertos. Tentar antecipar o que um sistema de trading sugere é um exercício de extrema frustração porque os sistemas de trade não foram desenhados para adivinharem o futuro, apenas preverem probabilidades.

Os sistemas de trade definem, qualificam e categorizam as relações históricas do comportamento humano coletivo para gerarem um resultado estatisticamente provável no futuro.

No trading, ao contrário do que se pensa, o futuro não é aleatório porque o movimento de preços e respetivas oportunidades são gerados por muitos traders que agem coletivamente em função das suas crenças e expectativas sobre o futuro.

Muitos traders têm dificuldades em executar sistemas técnicos porque não foram ensinados a pensar em termos de probabilidades. Isto aliado ao facto de que não cresceram com uma estrutura mental que reduz a previsão do comportamento humano coletivo a probabilidades estatísticas por meio de fórmulas matemáticas.

Para confiar num sistema de trade, é preciso aguardar o tempo necessário até se tornar numa parte integrante da sua estrutura mental. Aqui entra a disciplina do trader que torna as suas ações num hábito.

Passo 5: pensar em probabilidades

Depois de adquirir a disciplina necessária para interagir como o ambiente de trade, poderá começar a usar as suas capacidades de raciocínio e intuição para determinar o que é mais provável acontecer no mercado.

Como não consegue mover o mercado sozinho, deverá ser capaz de indentificar o grupo com a maior probabilidade de o mover e tentar operar na direção deste.

Deverá conseguir determinar as crenças prevalecentes no mercado e a forma como estas afetam o movimento do preço. Este processo exige uma perspetiva objetiva e individual, em que o trader escuta o que o mercado lhe diz a cada momento, em vez de se focar nas consequências pessoais do comportamento do mercado.

Podemos nunca saber verdadeiramente o que irá acontecer a seguir,mas devemos ser capazes de determinar o caminho mais provável se determinadas condições ocorrerem anteriormente.

Em qualquer posição aberta, deverá colocar a si mesmo a seguinte pergunta: Para a minha posição permanecer válida qual o limite máximo do preço até ter de encerrar a posição em perda?

O preço acima determinado terá de corresponder à tolerância emocional para aceitar o valor da perda correspondente.

Deixe o mercado se desenvolver aplicando os critérios definidos para encontrar uma oportunidade. Identifique os pontos de interesse e prepare as suas ordens em função desses pontos.

Como o mercado está num movimento perpétuo sem fim, isto obriga o trader a fazer avaliações continuas do risco em relação às possibilidades de lucro como se não tivesse nenhuma posição aberta.

Qualquer hesitação para entrar ou sair de uma posição, ou ainda inverter uma posição caso ocorra uma nova oportunidade na direção contrária, é um indicador da necessidade para uma melhor preparação mental.

O trader deverá antecipar a maioria das possibilidades considerando que tudo pode acontecer nos mercados. Haverá no entanto sempre alguma coisa que não considerou, e isto é perfeitamente normal.

O preço move-se na direção da força maior, ou de forma inversa, na direção da resistência menor. Os pontos de interesse dão ao trader a oportunidade de avaliar as probabilidades de equilíbrio ou desiquilibrio entre estas duas forças.

Passo 6: ser objetivo

Para operar com objetividade precisa de ter crenças que suportem o facto de que tudo pode acontecer nos mercados. Deste modo, deixará de ter surpresas e sentir-se ameaçado, evitando distorcer informações importantes.

Por outro lado, terá de possuir alguma crença ou expectativa sobre o futuro ou nunca abrirá uma posição. Em vez de expectativas de retorno financeiro, deverá cultivar uma avaliação não condicionada das probabilidades de comportamento do mercado.

Ao contrário dos mercados, na nossa vida pessoal conseguimos ter algum controlo sobre o nosso meio ambiente. A avaliação não condicionada das probabilidades significa observar o que está a acontecer a cada momento como um indicador do que provavelmente irá acontecer a seguir.

Para manter a objetividade, deverá antecipar todas as possibilidades que conseguir e qual a probabilidade de cada uma delas. De seguida, decida antecipadamente o que irá fazer em cada situação. Se nenhum dos cenários ocorrer como antecipou, então feche a sua posição. Liberte-se da necessidade de estar correto.

Quanto mais descomprometidas forem as suas avaliações, menor será o potencial de distorção e possibilidade de experiênciar uma consciência dolorosa.

Passo 7: monitorizar pensamentos e ações

Quando está numa posição aberta, monitorize como se sente e o nível de compromisso com o que tem de acontecer. Existe uma grande diferença de perspectiva entre o que está a acontecer e aquilo que tem de acontecer.

Se sentir que os seus níveis de stress estão a subir num determinado trade, diga a si mesmo que está tudo bem aconteça o que acontecer, porque está confiante na sua capacidade de responder adequadamente a qualquer acontecimento do mercado.

Outra forma é perguntar a si mesmo o que não pode acontecer, o que o mercado não poderá fazer para invalidar a sua ideia. Quando dá por si a racionalizar o comportamento do mercado para apoiar um trade aberto, está ao mesmo tempo a operar no reino da ilusão e a preparar-se para uma consciência dolorosa.

Deve lembrar-se que o mercado pode fazer o que quiser, incluindo ficar com todo o seu dinheiro se o permitir.

Quando se foca no valor monetário de um trade (o que vale em termos de dinheiro, sonhos, objetivos, etc) em vez de se focar na estrutura de mercado, então assuma que está a distorcer ou a evitar informações importantes, pelo que não deve operar até conseguir se tornar mais objetivo.

Segunda parte: A Bolsa numa Perspetiva Psicológica

Notas iniciais

Os mercados e a vida real são o oposto

Aprendemos que a única forma de conseguir o que queremos é adquirir poder para manipular e forçar mudanças no exterior.

Os recursos mentais que cada um de nós usa para obter o que deseja na sua vida não vai funcionar em ambiente de trading. O poder e controlo necessário para manipular os mercados (fazer mover na direção pretendida) estão para além da nossa capacidade, excepto para um pequeno grupo de indivíduos. Os constrangimentos que existem na nossa sociedade para controlar o nosso comportamento não existem no ambiente de mercado. Os mercados não têm poder ou controle sobre o trader.

A liberdade de expressão criativa é infinita num ambiente da bolsa

São poucas as pessoas que cresceram e aprenderam a operar num ambiente que permite a completa liberdade de expressão criativa, sem qualquer estrutura externa a restringi-las. Num ambiente de trading, é o trader que determina as suas próprias regras e por isso precisa de ter a disciplina necessária para as cumprir.

Num ambiente de trading, as decisões com que nos confrontamos são tão infinitas quanto os movimentos de preços dos quais pretendemos tirar vantagem. Não temos apenas de decidir participar, temos de decidir quando entrar, quanto tempo ficar e em que condições sair. Não há princípio, meio e fim – apenas aquilo que estabelecemos na nossa própria mente.

Existem ambas as possibilidades de realizar os nossos sonhos ou de ficarmos sem nada

Cada operação tem a possibilidade de realizar os nossos sonhos de independência financeira, e simultaneamente, tem o risco de fazer perder tudo o que possuímos. Isto faz com que seja extremamente fácil ignorarmos o risco e acreditar que não é necessário seguir as regras definidas, só desta vez.

O medo e ilusões dos mercados

A maioria dos traders, senão mesmo todos, infligem a si mesmos algum tipo de dano psicológico, definido aqui como um quadro mental potencialmente gerador de medo.

Quando distorcemos as informações de mercado, deixamos de partilhar a mesma realidade dos mercados e entramos na ilusão, na medida em que evitamos a possibilidade de uma desilusão.

O mercado obriga o trader a enfrentar as ilusões que criou sobre a realidade, criando uma consciência dolorosa forçado do mercado.

Controlar a perceção da bolsa

Podemos não ser capazes de controlar os mercados, mas podemos controlar a perceção que temos deles para alcançar um maior grau de objetividade.

Se já sofreu no passado com os mercados, a perceção que tem acabará por influenciá-lo fortemente no sentido de evitar mais sofrimento em vez de procurar oportunidades. O medo de perder dinheiro, estar errado ou perder uma oportunidade vai tornar-se a sua principal motivação para agir ou não agir.

Eliminar o medo e saber o que fazer a cada momento

Antes que alguém consiga ter sucesso num ambiente desestruturado como o trading, é preciso desenvolver um supremo sentido de autoconfiança e segurança. Defino autoconfiança como uma ausência de medo e segurança como saber o que fazer no momento certo e ser capaz do fazer sem hesitar.

As experiências negativas que resultam do trading efetuado sob um estado de medo, ansiedade e confusão, irá criar ou agravar uma crença já existente de impotência. Independentemente dos esforços de esconder dos outros o que se passa num dado momento, obviamente não conseguimos esconder os resultados de nós mesmos.

A importância do ambiente mental na bolsa

A capacidade do trader fluir com os mercados

Os traders que conseguem ganhar dinheiro de uma forma consistente, numa base semana, mensal ou anual, fazem trading obedecendo a uma disciplina mental.

Quando perguntados sobre os seus segredos de sucesso, afirmam que antes de alcançarem esta consistência desenvolveram e aprenderam a autodisciplinar-se, a controlarem-se emocionalmente e a terem a capacidade de mudarem as suas mentes para estas fluírem com os mercados.

Um processo que leva anos e com muitas dificuldades

Seja no início ou em algum momento das suas carrreiras, todos os traders conhecem a sensação de confusão, frustração, ansiedade e a dor do fracasso.

Os poucos traders que ultrapassam está fase e acumulam riqueza são aqueles que, eventualmente, enfrentaram e trabalharam as questões difíceis psicológicas sobre o que significa ser trader, um processo de compreensão e mudança que demora, normalmente, vários anos, mesmo para os melhores traders.

A atitude mental é aprendida por tentativa e erro

Aprender estas aptidões mentais é frequentemente o resultado de um processo por tentativa e erro que pode ser muito caro financeiramente e geralmente acompanhado de dor emocional e sofrimento. O maior problema de uma abordagem de tentativa e erro no trading é que a maioria das pessoas perde todo o seu dinheiro antes de terminar o processo.

Outros traders que têm dinheiro para continuar a operar, nunca recuperam totalmente do trauma psicológico que infligiram a si mesmos durante este processo. Está realidade faz com que apenas um número relativamente pequeno de pessoas consiga terminar este processo de aprendizagem.

Confiança e medo: duas forças opostas

À medida que o nível de confiança aumenta, o grau de ansiedade, confusão e medo diminui na mesma proporção.

É muito difícil operar e manter o sucesso se está sob pressão financeira. Por isso não deve operar com dmheiro que não se pode dar ao luxo de perder.

A mentalidade do jogador

A natureza dos mercados faz com que seja fácil não enfrentar aquilo que noutra situação será entendido como um problema porque o trade seguinte tem sempre a possibilidade de fazer tudo o resto na vida parecer irrelevante. A maioria dos traders foram afetados pela mentalidade do big trade, recusando lucros menores, mesmo sabendo que era o máximo que possivelmente poderia ganhar.

Estar errado e perder bens não diminuem ninguém como pessoa. O trader tem a liberdade de aceitar que pode estar errado e, eventualmente, aceitar a ideia do fracasso desde que algo positivo e útil possa aprender com a experiência.

Focar no medo de perder em vez das oportunidades de mercado

Em vez de estar focado nas informações de mercado que indicam o potencial de oportunidade, o trader está mais preocupado com as informações que validam os seus medos de perder. A única forma de se aperceber destas oportunidades (exceto depois dos acontecimentos confirmados) será desligar-se da causa do medo e desviar a atenção para o que estava a acontecer no mercado a cada momento.

Uma das maiores lições para um trader de sucesso é saber aceitar a perda sem consequências negativas, sem culpa, sem raiva, sem vergonha ou autopunição.

Os medos bloqueiam a capacidade de perceber porque é tão importante e necessário definir regras de trading e de gestão de dinheiro claras, e de ser capaz de as seguir.

Quanto menos o trader se preocupa se está ou não errado, mais o processo se torna claro, sendo mais fácil entrar e sair de posições, reduzir as perdas e ficar mentalmente disponível para assumir a próxima oportunidade.

As diferenças entre o mundo da bolsa e uma carreira tradicional

Esforço e recompensa no trading não são proporcionais

Os princípios de tempo, esforço e recompensa associado à maior parte das situações de trabalho simplesmente não se aplicam aos mercados.

Por causa dos condicionamentos na infância ou educação religiosa, muitas pessoas acreditam que não merecem ganhar dinheiro se não trabalharem.

Não se ajustar às diferenças entre o ambiente cultural e o ambiente de trading, ou simplesmente desconhecer que essas diferenças existem, está na origem dos muitos erros cometidos pela maioria dos traders.

Uma nova metodologia de pensamento não só lhes pode redefinir o comportamento do mercado em termos compreensíveis para evitar tais erros, como também pode gerir as reações emocionais e indisciplinadas deste comportamento.

Os sistemas de trading limitam as opções nos mercados

Os sistemas de trading fornecem uma forma de definir, quantificar e classificar o comportamento do mercado. Dado que os mercados oferecem aos traders uma combinação aparentemente infinita de comportamentos, com as suas correspondentes oportunidades e riscos, é fácil entender como podemos ficar sobrecarregados de tanta informação e possibilidades.

Os sistemas de trading limitam o âmbito do comportamento do mercado e tornam por isso mais fácil de gerir. Dão-nos igualmente uma direção e sugestões sobre o que fazer numa determinada situação de mercado.

Se os sistemas de trading fornecem os a consciência dos sinais de mercado e sugerem os comportamentos em determinadas situações, a metodologia do pensamento ensina aptidões e os seus processos de aplicação.

Uma carreira de sucesso fora do mundo do trading não significa exatamente o sucesso na bolsa

A maioria dos traders têm ou tiveram carreiras de sucesso fora do trading, e por isso têm uma grande dose de confiança na sua capacidade de estender o seu sucesso ao ambiente de trading. Está confiança infundada, juntamente com o modo como os mercados distorcem o conceito de recompensa em relação ao tempo e esforço despendido, faz com que o trader tenda a ter expectativas irrealistas sobre o tipo de resultados que deve e pode alcança.

Acreditar que o trading é fácil é a principal razão para formular expectativas irrealistas, sendo provavelmente o principal motivo porque a maioria dos traders nunca irá além dos níveis iniciais de desenvolvimento.

Quando as expectativas de sucesso são muito elevadas, vão criar três obstáculos psicológicos que precisam de ser superados:

  1. Libertar de sentimentos de frustração, culpa ou vergonha.
  2. Identificar e reparar os danos psicológicos causados pelas experiências emocionalmente dolorosas do passado, geradoras do medo.
  3. Libertar de hábitos errados de trading e aprender as competências necessárias ao sucesso na bolsa.

Não se consegue conquistar ou controlar os mercados

Os poucos indivíduos que obtém sucesso, em algum momento da sua experiência tiveram de aprender a travar a tentação de conquistar ou modificar os mercados conforme as suas expectativas ou limitações mentais. Entenderam as implicações psicológicas de um evento que não tem fim, que só inicia quando decidem participar, que só termina quando ganharam o suficiente, e se comporta sem a complacência da sobrevivência individual.

Os mercados são demasiado grandes para que a vontade de uma pessoa ou um grupo de pessoas prevaleça durante muito tempo. Se não tem o poder financeiro suficiente para mover os preços na direção desejada, então tem de aprender a fluir com o mercado e adaptar-se constantemente às condições externas.

Quanto mais o desconforto do trader, mais este terá de mudar

A intensidade do desconforto e dor emocional do trader é uma indicação do grau que este terá de mudar para operar sem medo e ser consistente.

O mercado comporta-se de determinada maneira por causa da interação de centenas de milhares de pessoas. Uma vez que todos estes indivíduos são membros da raça humana, independentemente da sua origem nacional ou convicção religiosa, todos têm uma coisa em comum: a estrutura psicológica da mente humana.

O stress dos traders dá pistas sobre o seu comportamento

Esta estrutura psicológica comporta-se de forma previsível sempre que se depara com stress ou com a necessidade de uma decisão numa fração de segundos.

Mesmo que alguns traders possa concordar com um determinado nível de preço num dado momento, não irão partilhar o impacto que esta experiência tem individualmente sobre cada um.

Como trader, tem constantemente de definir o que é caro e barato em relação às suas expectativas futuras.

O mercado tem sempre razão 

O que um trader acredita sobre o valor de um instrumento e as suas razões para o fazer podem ser de grande qualidade, mas se o mercado não partilhar da mesma opinião, os preços vão mover-se na direção com mais força e não necessariamente no que o trader acredita por mais lógico que o raciocínio seja.

Os conceitos de erro e errado a que estamos habituados a pensar tradicionalmente não existem nos mercados. Títulos académicos, graus, reputação, ou mesmo um alto QI não fazem um trader especialista como o fariam na sociedade. Os traders, no seu conjunto, e agindo com base nas suas crenças sobre o futuro, manifestadas nas suas operações, são a única força capaz de atual sobre os preços e fazê-los avançar ou recuar.

O mercado nunca está errado, apenas existe. Como trader, tem de decidir o que é mais importante – estar certo ou ganhar dinheiro – porque as duas hipóteses nem sempre são compatíveis entre si.

O potencial de ganhos e perdas é ilimitado

A ilusão criada pelos mercados

Num trade nunca sabemos verdadeiramente qual vai ser o trajeto do preço desde a entrada, pelo que nesta perspectiva é fácil entender que não existem limites de quanto o trade pode gerar.

Numa perspectiva psicológica, isto permite cair na ilusão de que cada trade tem o potencial de cumprir o nosso sonho de independência financeira.

Com base na consistência dos participantes de mercado (rácio entre compradores e vendedores), e o seu potencial para atuar como força dominante para fazer mover o preço na direção pretendida, existe sempre a possibilidade de os nossos sonhos se realizarem.

Negar a informação vital

No entanto, os que acreditam nesta possibilidade, vai ter tendência para reunir a apenas as informações que confirmam as suas crenças, negando a informação vital que pode gerar a melhor oportunidade.

Por exemplo, num trade em que estamos a perder e o mercado está a afastar-se da nossa entrada, aumentando ainda mais as perdas potenciais, podemos imaginar apenas o preço regressar a nosso favor, em vez de aceitar a probabilidade de estarmos errados na nossa análise.

Quando a magnitude da perda é devastadora

Este processo de pensamento continuará até que a magnitude da possibilidade de perda seja de tal forma esmagadora e se torne mais forte do que a possibilidade do mercado voltar ao preço pretendido, em que finalmente saímos com uma grande perda.

Psicologicamente, a possibilidade de lucros ilimitados, felicidade, poder, o quer que signifique quando se imagina a ganhar o dinheiro com que sempre sonhou pode ser nefasto. Efetivamente, esta possibilidade existe, mas se é realista acontecer num único trade, isso é outra questão.

Um trader para obter sucesso, tem de libertar-se da ideia de lucros ilimitados num único trade, pois essa ilusão é um grande obstáculo para se entender o mercado de forma objetiva.

Os preços fazem um movimento perpétuo sem fim

Manter uma distância com o significado do dinheiro

Quanto menos significado o dinheiro tiver, menor potencial existe para que o conceito pessoal de quanto é suficiente contamine a percepção de cada trader acerca do movimento dos preço.

Se permitirmos, o mercado irá levar a pensar que existe sempre mais alguma coisa que podemos tirar de uma posição ganhadora, e dará uma razão para justificar a esperança do preço virar a nosso favor numa posição perdedora. Sucumbir a qualquer destas tentações sujeita o trader o trader a algumas consequências negativas e dolorosas.

O trading só começa quando o trader decide entrar no mercado, e só termina quando decide sair do mercado, independentemente dos horários da bolsa.

É mais fácil entrar do que sair

Considerando que existe um potencial ilimitado de lucro no mercado, é mais fácil entrar do que sair. Isto acontece porque sair confronta as crenças pessoais sobre a ganância, medo e fracasso em relação à permanente tentação da possibilidade de lucros ilimitados.

A maioria dos traders tenta simplificar o movimento do preço pensando que este só poderá fazer três coisas: subir, descer ou manter-se inalterado. Alguns traders levam esta lógica distorcida ao acreditarem que existe uma probabilidade de 50/50 num determinado trade.

A combinação infinita da movimentação de preços

Os preços podem mover-se com padrões de milhões de combinações possíveis. A menos que a corretora liquide uma posição, o trader é o único que o pode fechar uma posição.

Se os mercados lhe ficaram com mais do que tinha inicialmente decidido arriscar, então vai provavelmente sentir-se tentado a recuperar o seu dinheiro. Este é o memento em que o fator vingança entra em jogo.

Todos os trades são independentes uns dos outros

O seu trade mais recente não está relacionado com o potencial do mercado num dado momento. Quando se sente compelido a recuperar o que perdeu, coloca-se numa posição de adversário do mercado.

Na realidade, como não consegue se vingar do mercado, ao ter uma crença de vingança, só irá vingar-se de si mesmo.

Existe uma correção direta entre a capacidade de deixar que o mercado nos diga o que é provável acontecer e o grau com que nos libertamos dos efeitos negativos das nossas crenças sobre perda, erro e vingança.

O ambiente desestruturado do mercado

Estabelecer regras que orientem o comportamento

Num ambiente desestruturado e ilimitado como são os mercados financeiros, é essencial estabelecer regras que orientem o nosso comportamento. Caso contrário, corremos o risco de nos sentirmos sobrecarregados com a quantidade de possibilidades que os mercados tem para nos oferecer, e consequentemente com a possibilidade de grandes perdas.

O grande desafio psicológico de estabelecer regras é termos de assumir a responsabilidade pelas nossas ações e resultados.

O trader deve ser responsável pelos seus atos

Se soubermos exatamente o que fazer e em que condições, então seremos capazes de medir o nosso desempenho, e desta forma sermos responsáveis por nós mesmos.

Isto é aquilo que a maioria dos traders não quer, preferindo manter o seu relacionamento com o mercado misterioso. O trader comum quer desesperadamente ganhar dinheiro, mas pretende fazê-lo de forma que não haja conexão direta entre o que faz e os seus resultados, evitando deste mode responsabilizar-se quando as coisas não correm bem.

Desenvolver um plano e prever o futuro

Para desenvolver um plano, é preciso antecipar os acontecimentos até um determinado grau de profundidade. Estamos a projetar no plano a nossa visão pessoal do futuro e a alinhar as nossas aptidões criativas.

Quando não há liderança clara no mercado, os preços andam geralmente num pequeno intervalo até que algum market maker decida o que fazer.

Explicação para o comportamento coletivo dos participantes do mercado

A explicação racional ou lógica para o comportamento coletivo de traders é anunciada após o acontecimento através da opinião consensual do grupo. Desta forma, o trader mantém a ilusão de racionalidade e responsabilidade porque o que aconteceu com o próprio também aconteceu com os outros traders. 

Organizar e criar uma estrutura é uma das soluções para os muitos problemas mentais que os traders acumulam.

Se não conseguirmos definir o nosso comportamento e o dos mercados, então não seremos capazes de aprender como repetir ganhos ou prevenir perdas. Quando temos uma estrutura e regras definidas antecipamo-nos à multidão.

Assumir responsabilidades é algo extremamente difícil, porque a nossa sociedade não desenvolveu muito este processo de crescimento, e em resultado disso, aprendemos a tornar-nos muito intolerantes com os erros.

A dinâmica dos mercados

O mercado é dinâmico, repleto de eventos, onde a qualquer momento qualquer trader que entre com volume suficiente pode mudar as expectativas de outros traders.

Quando conseguirmos entender as forças internas que afetam o nosso comportamento, bem como assumirmos a responsabilidade pelos nossos atos, então vamos começar a compreender como e porque os outros traders que compõem o grupo se comportam.

Podemos reconhecer e definir bem as nossas necessidades e comportamentos, mas o verdadeiro desafio será os cumprir.

Na bolsa as razões são irrelevantes

Os trades atuam em grupo

Os traders geralmente atuam em grupo, muito semelhante a um cardume ou rebanho. Os traders individuais identificam-se com grupos específicos que interpreram o mesmo tipo de condições de mercado como oportunidades ou ameaças. Como resultado, vão agir em massa perturbando o equilíbrio do mercado, fazendo com que o preço se mova numa direção específica e predominante.

Qualquer comportamento do indivíduo é uma forma de expressão, e qualquer que seja a forma como o indivíduo se queria expressar em sociedade, precisa de dinheiro. Assim, ao nível mais elementar da existência, o dinheiro representa a liberdade de expressão do indivíduo.

Os receios de escassez movem o preço

Qualquer sistema de interação baseado nos receios individuais de escassez fará com que o preço dos bens ou serviços flutue em relação ao grau relativo de segurança ou insegurança que a massa coletiva percepciona num determinado momento.

Risco é a possibilidade de ocorrer uma perda líquida de recursos pessoais (energia, tempo, dinheiro, etc.) numa troca ou tentativa de cumprir uma necessidade. Os preços flutuantes criam oportunidades para os que estão dispostos a assumir o risco.

Todos os traders têm o mesmo objetivo de ganhar dinheiro

Todos os traders têm o mesmo objetivo de ganhar dinheiro pelo que não existem dois traders (comprador e vendedor) a entrar numa operação a menos que os dois tenham crenças opostas sobre o preço futuro do ativo que está a ser operado.

Para se ganhar dinheiro nos mercados é preciso determinar como a maioria dos traders interpreta as condições externas em relação ao medo de escassez, ao medo de perder ou a ambos.

Etapas para o sucesso na bolsa

A impotência do trader para mudar os acontecimentos

No ambiente do trading o resultado das nossas decisões é imediato e o trader é impotente para mudar o rumo dos acontecimentos, apenas pode mudar a sua mente. O poder que tem para gerar resultados satisfatórios reside no seu grau de flexibilidade mental. Tem de aprender a fluir com os mercados.

Abrir um trade significa ter uma crença sobre o futuro

Quando abrimos uma posição, tenso uma determinada crença sobre o futuro. Precisamos de aprender a não procurar que as nossas expectativas sejam realizadas exatamente como esperamos. Libertar-nos deste anseio irá fazer com que mudemos de perspetiva e permitir que nos apercebamos das oportunidades no mercado num dado momento, de forma totalmente livre como se não tivéssemos nenhuma posição aberta.

Ao construir uma atitude de conhecimento sobre o funcionamento do ambiente mental, o trader vai ser capaz de mudar para conseguir percepcionar os mercados a partir de uma perspetiva objetiva, para eventualmente operar de forma intuitiva.

O caminho do sucesso

Existem dois temas dominantes que estão não base desta abordagem:

  1. Cada trader cria na sua mente o mercado com base nas suas crenças, perceções, intenções e regras.
  2. Os resultados de trade ocorrerão em função do grau de aptidão nas seguintes áreas: 2.1 Perceção – capacidade de identificar oportunidades. 2.2 Execução – capacidade de realizar um trade. 2.3 Acumulação – capacidade de aumentar o saldo da conta ao longo de um período de tempo ou uma série de trades.

A necessidade da auto-aceitação

A transformação pessoal, o crescimento e a aprendizagem de novas aptidões dependem da auto-aceitação pessoal, porque na sua essência é uma tentativa de criar uma nova dimensão de nós mesmos. É um objetivo projetado no futuro que tentamos atingir, trabalhando e crescendo nesse sentido.

À medida que cultivamos crenças mais fortes na nossa auto-aceitação, percebemos como o mercado reflete o nosso nível de desenvolvimento de competências dando informações sobre as competências que temos de trabalhar para pudermos ter cada vez mais sucesso.

Melhores Trades no Price Action – Brooks (2012)

Os melhores trades/setups apresentados neste artigo são adaptados de Al Brooks (2012).

Os exemplos apresentados são para posições longas ou de compra com as respetivas abreviações. Aplica-se o inverso para posições curtas ou de venda.

Setups na abertura

  • Comprar posição swing em reversão na abertura para uma recompensa mínima de 2x o risco: probabilidade de sucesso de 50% a 60%, primeiro rompimento falhado (RF) na abertura da sessão.
  • Comprar posição scalp em reversão na abertura para uma recompensa mínima igual ao risco (1x o risco): probabilidade de sucesso de 60% a 70%, primeiro rompimento falhado (RF) na abertura da sessão.

Setups gerais

Neste setups, a recompensa é de pelo menos 2x o risco com uma probabilidade de sucesso de 50% a 60%. Os melhores trades foram subdivididos pelo tipo de estrutura de mercado: tendência, lateralidade e reversão.

> Tendência

  • Comprar uma retração de máxima 2 numa tendência de alta (BFD).
  • Comprar uma bandeira de cunha touro numa tendência de alta (RC).
  • Comprar uma retração de rompimento de uma bandeira touro numa tendência de alta (TR).
  • Comprar uma retração de máxima 1 num impulso touro forte numa tendência de alta, mas não depois de um grande clímax de compra (R1B).

> Lateralidade

> Reversão

Traders mais experientes

Os traders mais experientes podem usar ordens limite ou de mercado com os seguintes setups.

  • Comprar num impulso touro forte na mínima ou abaixo da barra anterior, esta entrada requer um stop protetivo maior e uma decisão rápida.
  • Comprar na mínima ou abaixo de uma barra de sinal fraca como uma mínima 1 ou 2 numa possível nova tendência de alta, depois de uma reversão de alta forte ou no fundo de uma lateralidade.
  • Comprar abaixo de uma barra touro que rompe acima de uma bandeira touro, antecipando uma retração de rompimento.
  • Quando num swing numa tendência de alta, comprar num teste de rompimento, que é uma tentativa de corrida aos stops de uma entrada longa anterior.
  • Comprar uma retração numa tendência de alta forte num número de pontos igual ou ligeiramente menor que a média das retrações anteriores.
  • Quando uma tendência urso está a reverter numa tendência touro e precisa de mais uma barra de tendência touro para confirmar a reversão “always-in”, e o rompimento não parece ser forte, vender o fecho da barra de rompimento touro, esperando a barra seguinte falhar e não confirmar a mudança de direção “always-in” com a tendência urso a resumir.

Dicas para traders menos experientes

  • Se for iniciante na bolsa, foque-se apenas em trades com uma recompensa mínima de duas vezes o risco. Com alguma experiência, pode começar a operar trades com uma recompensa mínima do valor do risco.
  • Inicie apenas os trades que pensa que funcionem. Deve assumir bons setups aqueles com probabilidade mínima de sucesso de 60%. Com uma recompensa mínima de duas vezes o risco, isto cria uma equação positiva para o trader.
  • Entrar apenas com ordens stop.
  • Ter sempre um stop protetivo, porque a crença e esperança não o protegerá contra uma premissa falhada.
  • Ter uma ordem limite para o target de modo a evitar a ganância.
  • Compre apenas acima de barras touro e venda abaixo de barras urso.
  • Opere com posições pequenas.
  • Procure três a cinco trades razoáveis por dia. Se estiver em dúvida, fique fora do mercado.
  • Procure estratégias simples. Se alguma coisa não estiver clara, aguarde.
  • As melhores escolhas para os traders iniciantes, são tendências que se desenvolvem a partir da abertura, boas reversões de tendência, e retrações em tendências fortes.

Ler mais:

Melhores Trades no Price Action – Brooks (2009)

Psicologia do Trader: Modelo dos 3 C’s

Um trader deve ter como objetivo chegar a um momento em que as suas emoções não são governadas pelo número de trades e dinheiro que ganha ou perde, mas sim pelo sucesso no controlo emocional no processo de aderência a uma estratégia.

Para atingir esta meta, apresento neste artigo o modelo dos 3 C’s (confiança, controlo e calma) para a psicologia do trader. Uma espécie de “nirvana financeiro”, baseado no livro Diary of a Currency Trader de Samuel J. Rae.

1. Confiança

O sucesso na aderência a uma estratégia depende sobretudo da confiança que o trader tem em identificar e executar a mesma de acordo com as regras estabelecidas de gestão de risco. Este trader sabe que independentemente de algumas perdas, irá obter ganhos a longo prazo se seguir a sua estratégia.

Num modelo descricionário, um trader pode levar meses ou mesmo anos até encontrar um sistema no qual sinta confiança. Para ganhar confiança é preciso trabalhar muito.

Ação para ganhar confiança: estudar, praticar, estudar, praticar, estudar, praticar, …

2. Controlo

O controlo refere-se à força emocional do trader para implementar cada aspeto da sua estratégia, mantendo e gerindo os trades de acordo com a mesma. O controlo nasce da confiança do método.

No início da minha carreira de trader, ,menosprezava o aspeto das emoções, mas é fundamental. Não adianta a melhor estratégia do mundo sem um controlo na execução dos trades. Estão incluídos neste ponto a seleção dos melhores setups, e identificação da entrada, stop e target.

O resultado de um controlo deficiente são os erros que se traduzem em perdas acumuladas.

Ação para ganhar controlo: praticar, praticar, praticar, …

3. Calma

O trader deve manter a calma não entrando em trades que não reúnam as condições definidas na sua estratégia. É importante ser paciente e reconhecer quando o mercado não é o melhor para operar. Mais cedo ou mais tarde aparecerá uma nova oportunidade com melhor probabilidade de sucesso.

Nem todas as condições de mercado são adaptadas à nossa estratégia. Tão importante como reconhecer os melhores setups, é saber quando ficar fora do mercado. Existem dias de price action em que simplesmente qualquer estratégia não funciona.

Se sentir que está a colocar muitas ordens, é porque possivelmente está a fazer overtrading, com falta de paciência para aguardar pelas melhores oportunidades.

Ação para ganhar calma: praticar, praticar, praticar, …

Conclusão

É importante notar que as características mentais de sucesso requeridas ao trader, só podem ser cultivadas com muitas horas de estudo e prática nos mercados. Não existem atalhos.

Somos seres emocionais, e o dinheiro (ou a falta dele) é das coisas que mais nos afeta, pelo que é natural que no início da nossa carreira como traders sentirmo-nos desconfortáveis, especialmente com as perdas.

Com o tempo e experiência, este desconforto irá diminuir. No entanto, emoções como o medo de perder e a ganância de ganhar nunca desaparecerão completamente. O trader terá de aprender a gerir e a viver com estas emoções tentando que as susa decisões não sejam afetadas pelas mesmas.

Teoria das Ondas de Elliott – Aplicação Prática com o Método da Onda C

Mapa Mental com o Método da Onda C na Teoria das Ondas de Elliott

A Teoria das Ondas de Elliott (TOE) tem duas componentes: análise técnica e aplicação prática. A análise técnica consiste na modelação dos gráficos de preços com o objetivo de prever a direção futura do preço. A aplicação prática consiste em calcular os melhores preços de entrada, stop e target mantendo a taxa de sucesso e o rácio recompensa risco equilibrados.

Um bom analista sem conhecimentos da aplicação prática da TOD não terá sucesso, assim como um analista que sabe calcular as entradas mas que não consegue prever a direção futura do preço.

Existem vários métodos de aplicação para esta teoria, cada um com as suas vantagens e desvantagens. Neste artigo desenvolvo o Método da Onda C (MOC) apresentado no livro How to Identify High-Profit Elliott Wave Trades in Real Time de Myles Wilson Walker (2001).

O objetivo geral do MOC é encontrar o final da onda C para se estabelecer uma posição. Para tal, o autor exibe 11 tipos de padrões para a onda C, a que o analista deverá corresponder nos gráficos de preços assim que suspeitar que está uma onda C em progresso.

As instruções do método são objetivas, com a indicação da entrada e stop para cada tipo de padrão, assim como o target em função do tipo de mercado.

Este artigo concentra-se apenas na aplicação prática da TOE. Para conhecer os princípios básicos da teoria, consulte o Guia de Iniciação da Teoria das Ondas de Elliott.

Como encontrar padrões de onda C

Os padrões de ondas C são geralmente observados no final de zonas congestionadas nos gráficos de preços.

Por exemplo, se um mercado estiver numa tendência forte, procure a primeira retração e marque esta como uma possível onda A. Se a próxima onda na direção da tendência for corretiva (três ou cinco ondas que não exibem regras impulsivas), marque esta nova onda como a onda B. Quando está última onda terminar, tem início a onda C, em que deverá acompanhar o seu desenvolvimento até suspeitar que esteja a terminar para preparar a sua entrada.

O target depende do tipo de mercado, se é impulsivo ou corretivo. Se for impulsivo, mantenha-se no trade até ao impulso estar prestes a terminar no final da onda 5. Se for corretivo, mantenha-se até pressentir que a correção ABC subsequente está prestes a terminar.

As regras apresentadas de seguida lidam apenas com a onda C, independentemente do tipo de correção ABC (zigzag, plana ou irregular), ou o tipo de mercado (impulsivo ou corretivo).

Deve identificar o tipo de padrão da onda C e entrar no mercado após este terminar.

Se o mercado geral for impulsivo, opere na direção da tendência usando o final da correção das ondas 2 e 4 para entrar, que terminarão com algum tipo de padrão de onda C. Depois aguarde até ao final da onda 5 para fechar as suas posições.

Como operar a onda C num mercado impulsivo - adaptado de Walker (2001)
Como operar a onda C num mercado impulsivo – adaptado de Walker (2001)

Se o mercado geral for corretivo, procure o final da onda C para entrar. Aguarde até ao final da próxima correção ABC para fechar a sua posição.

Como operar a onda C num mercado corretivo - adaptado de Walker (2001)
Como operar a onda C num mercado corretivo – adaptado de Walker (2001)

A estratégia ideal de trade no método da onda C

A melhor estratégia para operar o MOC é usar duas posições:

  1. A primeira posição de curto prazo com um target fixo
  2. A segunda posição de longo prazo adicionando novas posições (preço médio a favor) à medida que aparecem novos padrões e revertendo posições apenas quando um trade é assinalado na direção contrária
Como operar a onda C num mercado corretivo - adaptado de Walker (2001)
Estratégia de trade – adaptado de Walker (2001)

Se for um trader iniciante no MOC ou TOE, deve apenas usar a primeira posição de curto prazo com target fixo.

Tipos de padrões da onda C

As ondas C são divididas em três tipos de correções ABC distribuídas por 11 padrões no total:

  1. Correções Zigzag e Correções Planas (5 padrões)
  2. Correções Irregulares (4 padrões)
  3. Correções de Cinco Ondas (2 padrões)

A distinção entre estes os dois primeiros tipos de padrões é que no primeiro caso a onda B não ultrapassa o início da onda A, enquanto no segundo caso a onda B ultrapassa o início da onda A.

Vamos de seguida dar início à apresentação dos 11 padrões da onda C. Em todos os exemplos da onda C que se seguem, o uso das letras a, b, c, d, e é intercambiável com o uso dos números 1, 2, 3, 4, 5.

Correções Zigzag e Correções Planas (5 padrões)

Os padrões 1 a 5 são do tipo correção zigzag ABC e correção plana ABC, em que a onda B não ultrapassa o início da onda A.

Padrão 1

No padrão 1, a onda b e onda d não se sobrepõem, e podem ou não mostrar alternância (ser iguais em tempo, preço ou padrão). Este tipo de padrão pode parecer à primeira vista impulsivo, sendo que se distingue de um impulso pela onda A e onda B maiores que servem de base à onda C subdividida em cinco ondas menores.

No padrão 1 as ondas b e d não se sobrepõem - adaptado de Walker (2001)
No padrão 1 as ondas b e d não se sobrepõem – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 1 é no rompimento da onda d e o stop é colocado acima/abaixo da onda e.

Padrão 2

No padrão 2, a onda b e onda d sobrepõem-se, e podem mostrar alternância.

A onda 5 tem as seguintes características:

  1. é breve em termos de duração
  2. pode ser um pequeno triângulo abcde
  3. pode (sem carácter obrigatório) exceder a máxima/mínima da onda d da onda C.

O preço que se segue ao término da onda C por vezes é lento, frustrando muitos traders, pelo que é necessária alguma paciência.

No padrão 2 as ondas b e d sobrepõem-se - adaptado de Walker (2001)
No padrão 2 as ondas b e d sobrepõem-se – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 2 é no rompimento da onda d e o stop é colocado acima/abaixo da onda c ou onda e (máxima/mínima do padrão).

Padrão 3

O padrão 3 é um triângulo abcde de cinco ondas, com a onda a como a onda mais longa.  A onda a pode ser subdividida em três ou cinco ondas menores.

As ondas b, c, d e e têm as seguintes características:

  1. têm oscilação de preço semelhante
  2. são possivelmente enviesadas
  3. mostram subdivisões semelhantes.

A onda e é normalmente muito breve em duração a menos que seja um pequeno triângulo abcde de cinco ondas.

O padrão 3 é um triângulo abcde com a onda mais longa a - adaptado de Walker (2001)
O padrão 3 é um triângulo abcde com a onda mais longa a – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 3 é no rompimento da onda d e o stop é colocado acima/abaixo do triângulo.

Padrão 4

No padrão 4, a onda a e onda b são subdivididas em três ondas menores, a onda c é uma onda única, a onda d é subdividida em três ondas menores e a onda e tem apenas uma onda.

O padrão 4 tem várias ondas abc menores - adaptado de Walker (2001)
O padrão 4 tem várias ondas abc menores – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 4 é no rompimento da onda d e o stop é colocado acima/abaixo da onda e.

Padrão 5

O padrão 5 é o único padrão que tem a onda C com três ondas. É tradicionalmente conhecida na Teoria das Ondas de Elliott como dupla correção ou duplo zigzag.

Como operar a onda C num mercado corretivo - adaptado de Walker (2001)
O padrão 5 tem três ondas abc – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 5 é no rompimento da onda A e o stop é colocado acima/abaixo da onda C.

Correções Irregulares (4 padrões)

Os padrões 6 a 9 são do tipo correção irregular ABC, em que a onda B ultrapassa o início da onda A. À primeira vista, poderá parecer difícil reconhecer este tipo de padrão, considerando o comprimento relativamente grande da onda B em relação à onda A.

Nestes tipos de padrões, a onda C é sempre um triângulo abcde que retrai na área de preço da onda A, mas a maioria do preço anda acima/abaixo da onda A.

Uma correção irregular num mercado em tendência é seguida de um movimento forte. Num mercado corretivo, uma correção irregular dá um sinal falso de falta de momento.

Se está a operar num mercado que parece forte, mas que não obedece às regras de um mercado impulsivo, suspeite que uma correção irregular ABC possa estar em curso.

Estes tipos de padrões têm sempre uma onda B forte que termina bem acima/abaixo da onda A.

A onda B tem uma das seguintes características:

  1. onda brusca sem subdivisão em ondas menores
  2. onda com subdivisão em três ondas menores simples.
A onda B forte termina bem acima da onda A  - adaptado de Walker (2001)
A onda B forte termina bem acima da onda A – adaptado de Walker (2001)

A entrada para os padrões 6 a 9 é no rompimento da onda d, e o stop é colocado acima/abaixo do triângulo abcde.

Padrão 6

No padrão 6, a onda C termina num triângulo abcde depois de uma onda B forte, não se sobrepondo ou com uma pequena sobreposição da onda A.

No padrão 6, a onda C não se sobrepõe ou tem uma pequena sobreposição com a onda A - adaptado de Walker (2001)
No padrão 6, a onda C não se sobrepõe ou tem uma pequena sobreposição com a onda A – adaptado de Walker (2001)

Padrão 7

No padrão 7, a onda C é subdividida em cinco ondas menores retraindo 50% ou mais da onda B. A onda C pode ou não se sobrepor à onda A, neste ultimo caso se a onda B for muito longa.

No padrão 7, a onda C retrai 50% ou mais da onda A - adaptado de Walker (2001)
No padrão 7, a onda C retrai 50% ou mais da onda A – adaptado de Walker (2001)

Padrão 8

O padrão 8 é semelhante ao padrão 3, com a onda a como a maior onda de todas do triângulo abcde na onda C. Distingue-se do padrão 3 por ser uma correção plana irregular em que a onda B sobrepõe-se à onda A. A onda C pode ou não se sobrepor à onda A.

No padrão 8, a onda a é a maior de todas no triângulo abcde - adaptado de Walker (2001)
No padrão 8, a onda a é a maior de todas no triângulo abcde – adaptado de Walker (2001)

Padrão 9

No padrão 9, a onda a, onda b, onda c e onda d sobrepõem-se, com a onda e do triângulo abcde a fazer um rompimento forte na direção da onda A.

No padrão 9, a onda e é a maior de todas no triângulo abcde - adaptado de Walker (2001)
No padrão 9, a onda e é a maior de todas no triângulo abcde – adaptado de Walker (2001)

Correções de Cinco Ondas (2 padrões)

Os padrões 10 e 11 não são estritamente ondas do tipo C, mas são do tipo corretivo e podem ser confundidas com um padrão impulsivo, pelo que é importante diferenciar as mesmas, pois o movimento que se segue retrairá a maioria ou a totalidade da correção ABC.

Padrão 10

No padrão 10, a onda C é subdividida em três ondas menores abc sendo um padrão zigzag. A onda b retrai 61.8% ou menos da onda a. A onda c termina com um triângulo abcde devendo fazer uma nova máxima/mínima.

O padrão 10 pode ser confundido com um impulso. A diferença é que no primeiro a onda b é sempre menor em preço e tempo do que a onda B, não existindo a proporção para pertencerem ao mesmo ciclo, ao contrário do que acontece com a onda 2 e onda 4 de um impulso. Adicionalmente a onda b será uma correção abc simples, nada mais complexo.

No padrão 10, a onda b é menor em tempo e preço que a onda B - adaptado de Walker (2001)
No padrão 10, a onda b é menor em tempo e preço que a onda B – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 10 é no rompimento da onda d do triângulo abcde, e o stop é colocado acima/abaixo do triângulo abcde.

Padrão 11

À semelhança do padrão 10, o padrão 11 também pode ser confundido com um impulso. Neste caso o tempo combinado da onda 3, onda 4 e onda 5 (quando medidas do final da onda 2) é igual ou menor que o tempo combinado da onda 1 e onda 2. Algumas das ondas menores quando vistas de perto são correções abc e não impulsos 12345. Um padrão 11 pode retrair completamente ou ser a onda A de uma correção ABC maior.

No padrão 11, o tempo combinado das ondas 1 e 2 é maior ou igual que o tempo combinado das ondas 3, 4 e 5 - adaptado de Walker (2001)
No padrão 11, o tempo combinado das ondas 1 e 2 é maior ou igual que o tempo combinado das ondas 3, 4 e 5 – adaptado de Walker (2001)

A entrada do padrão 11 é no rompimento da onda 4 e o stop é colocado acima/abaixo da onda 5.

Tipos de Entrada em Padrões de Candles (Barras)

Existem várias formas de entrar num trade com um padrão ou barra de sinal. Todas as entradas têm vantagens e desvantagens dependendo do contexto de mercado e do trader.

Este artigo apresenta os métodos de entrada mais comuns, excluindo outros métodos mais avançados como o preço médio a favor e preço médio contra (este último extremamente arriscado). Cabe ao trader dominar primeiro as técnicas de entrada fundamentais, antes de avançar para outros métodos mais complexos.

As estratégias apresentadas são para posições longas ou de compra. Aplica-se o inverso para posições curtas ou de venda.

Entrada Stop

Esta é a clássica entrada num padrão ou barra de sinal, e mais simples de todas, sendo portanto o tipo de entrada mais recomendado as traders com pouca experiência.

Coloque uma ordem de compra um ponto acima do padrão ou barra de sinal. A ordem é executada assim que o preço romper acima do padrão ou barra de sinal.

Entrada Limite no Fecho

Coloque uma ordem limite de compra no fecho do padrão ou barra de sinal. Este tipo de entrada deve ser apenas usado se existir um reforço do sinal, como um rompimento falhado de um ponto (1pf), topo ou fundo duplo (TD,FD), etc.

Se quiser simplificar a entrada, pode usar uma ordem de mercado no fecho em vez de uma ordem limite.

Entrada Limite na Retração

Aguarde por um rompimento acima do padrão ou barra de sinal seguida de um retrocesso de cerca de 1/3, 1/2 ou 2/3 (retração de Fibonacci aproximada) do padrão ou barra de sinal.

Este tipo de entrada é útil para obter um melhor rácio risco recompensa, mas não garante a execução da ordem.

Se quiser simplificar a entrada, pode usar uma ordem de mercado no fecho em vez de uma ordem limite.

Ordem Limite no Rompimento da Barra de Entrada

Este tipo de entrada é mais agressiva e significa urgência.

Aguarde por um rompimento acima do padrão ou barra de sinal. Se a barra de entrada de rompimento não tiver sombras ou as sombras forem pequenas, e o mercado mostrar sinais de urgência, entre no fecho da barra de entrada ou acima da barra de entrada.

A ordem de entrada deve ser de mercado senão quiser arriscar perder o trade.

Segundas Entradas

Quando o padrão ou barra de sinal não é claro, aguarde por um segundo sinal.

Se a barra de entrada deste primeiro sinal for forte (sem sombras ou com pequenas sombras), aguarde por uma retração da barra de entrada. Se a mínima desta retração não atingir a mínima anterior, procure comprar acima do novo padrão ou barra de sinal que se formar.

Uma retração oferece uma medida da força do mercado que todos os traders (compradores e vendedores) observam e acreditam, sendo uma segunda oportunidade de entrar na direção da tendência inicial.

Este tipo de entrada tem uma grande probabilidade de sucesso, mas não garante uma ordem.

Ordem limite de compra da mínima da barra anterior

Esta é uma entrada só para traders mais experientes. Comprar a mínima da barra anterior, antecipando um micro duplo fundo (mDF) A ordem limite da compra precisa de ser colocada um ponto acima da mínima da barra anterior para ser ativada. Esta entrada pode requerer um stop maior.

Outras considerações

Antes de entrar num trade, determine sempre se o rácio risco recompensa se encaixa na estrutura de mercado, e se o trade tem uma boa probabilidade de chegar ao target até ao final da sessão se estiver a fazer day trade.

Padrões de Candles (Barras) – Guia Prático

Os padrões de candles ou barras dividem-se em duas categorias: i) padrões essenciais e ii) padrões complementares. Bastam apenas os padrões essenciais para operar na bolsa, sendo que os padrões complementares, criados a partir dos padrões essenciais podem ou não ser usados dependendo da experiência e estratégia do trader.

Os exemplos abaixo apresentados são para padrões de compra ou touro. Aplica-se o inverso em padrões de venda ou urso. No final do artigo são ainda introduzidas várias dicas de como operar os padrões de candles com as barra de sinal, barra de entrada e falhas.


Padrões essenciais

Os padrões de candles essenciais são compostos por três candles, a partir do qual todos os gráficos de preços são criados:

  1. Barra de Tendência
  2. Doji
  3. Barra de Pines

Barra de Tendência

A barra de tendência tem um corpo que preenche toda ou quase toda a totalidade da barra, isto é, sem sombras ou com pequenas sombras nos extremos. Para se qualificar como uma barra de tendência, a barra tem de ter um tamanho médio quando comparada a outras barras anteriores.

Doji

O doji é qualquer barra com um corpo pequeno ou inexistente quando comparado com a média de outros corpos de barras anteriores. A barra doji pode ter qualquer tamanho, incluindo sombras grandes ou pequenas ou mesmo não ter sombras. O que a distingue das outras barras é realmente o corpo pequeno. São um sinal de indecisão.

Barra de Pines

A barra de pines em termos visuais é uma mistura das duas barras anteriores. O que a distingue é a sombra maior num dos extremos e o corpo no outro extremo sem sombra ou com uma sombra menor. O corpo ocupa um a dois terços do tamanho da barra quando comparada com a sombra maior. À semelhança da barra de tendência, a barra de pines deve ter o tamanho médio das barras anteriores.

A entrada stop para as barras de tendência e pines é um ponto acima da máxima e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima. A barra doji por si só não é operável, sendo habitualmente necessário aguardar pela formação de mais candles.


Padrões complementares

Os padrões complementares, embora não sendo obrigatórios, acrescentam um nível adicional para determinadas estratégias ou para traders mais experientes, sendo classificados em padrões de continuação, reversão ou ambos.

Barra de Reversão Dupla – R2

Tipo: Reversão

Uma barra de reversão dupla (R2) é um par de barras com cores opostas. Uma barra de tendência urso seguida de uma barra de tendência touro é um padrão de reversão touro. Estas duas barras são uma barra de reversão (R) num tempo gráfico maior. A R2 deverá ser clara e não se sobrepor com as barras anteriores. Se uma R2 ocorrer numa retração, entrar numa segunda entrada (2E).

A entrada stop numa barra de reversão dupla R2 é um ponto acima da máxima das duas barras e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima das duas barras.

E-mini NQ - Barra de reversão dupla

Barra de Reversão Tripla – R3

Tipo: Reversão

Uma barra de reversão tripla (R3) consiste numa barra de tendência urso, seguida por uma barra de pausa (por exemplo um doji), e uma barra de tendência touro. Estas três barras geralmente formam uma barra de reversão (R) num tempo gráfico maior.

A entrada stop numa barra de reversão R3 é um ponto acima da máxima das três barras e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima das três barras.

E-mini NQ - Barra de reversão tripla

Barra Interna – I

Tipo: Reversão ou Continuidade

Uma barra interna (I) é uma barra com o preço contido na barra anterior (máxima inferior à máxima da barra anterior e mínima superior à mínima da barra interior). A barra interna I pode ser um padrão de reversão ou continuidade dependendo do contexto, como por exemplo a reversão do rompimento falhado de uma bandeira final (BF), continuação da tendência no final de uma retração ou da primeira retração (1R).

A entrada stop numa barra interna I é um ponto acima da sua máxima e o stop protetivo um ponto abaixo da sua mínima. O próximo stop protetivo maior é abaixo da mínima da barra anterior que contém a barra interna.

E-mini NQ - Barra interna

Barra Interna Dupla – II

Tipo: Reversão ou Continuidade

Um padrão de barra interna dupla (II) é uma barra interna contida noutra barra interna (duas barras internas consecutivas). O padrão é frequentemente uma lateralidade ou triângulo num tempo gráfico menor, e, portanto, uma área de equilíbrio, funcionando como um padrão de continuidade ou reversão consoante for localizado no início ou final de uma tendência respetivamente. Pode funcionar como bandeira final (BF).

A entrada stop num padrão de barra interna dupla II é um ponto acima da máxima da ultima barra interna e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima das duas barras.

E-mini NQ - Barra interna dupla

Barra Externa – E

Tipo: Reversão ou Continuidade

Numa barra externa (E) a máxima é acima da máxima da barra anterior e a mínima é abaixo da mínima da barra anterior. A barra externa atua como reversão ou continuação consoante for localizado no início ou final de uma tendência respetivamente. A sua força advém de encurralar traders de ambos os lados (touros e ursos). Pode funcionar como bandeira final (BF).

A entrada stop numa barra externa E é um ponto acima da máxima e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima.

E-mini NQ - Barra externa

Barra Externa Dupla – EE

Tipo: Reversão ou Continuidade

Um padrão de barras externa dupla (EE) consiste em duas barras externas consecutivas que podem ser um padrão de reversão ou continuação consoante for localizado no início ou final de uma tendência respetivamente. O padrão funciona geralmente como uma dupla armadilha, à semelhança da barra externa simples E. Pode funcionar como bandeira final (BF).

A entrada stop num padrão de barras EE é um ponto acima da máxima das duas barras e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima das duas barras.

E-mini NQ - Barra externa dupla

Padrão de barras Interna/Externa/Interna – IEI

Tipo: Reversão ou Continuidade

Um padrão de barras interna-externa-interna (IEI) consiste numa barra interna seguida por uma barra externa e novamente por outra barra interna. Pode ser um padrão de reversão ou continuação consoante for localizado no início ou final de uma tendência respetivamente É geralmente visto como uma segunda entrada (2E) de contra tendência, e, portanto, uma segunda tentativa de reverter o preço. Pode funcionar como bandeira final (BF).

A entrada stop num padrão IEI é um ponto acima da máxima da barra interna e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima da barra interna ou abaixo da mínima das três barras.

E-mini NQ - Barra interna/externa/interna

Padrão de barras Externa/Interna/Externa – EIE

Tipo: Reversão ou Continuidade

Um padrão de barras externa-interna-externa (EIE) consiste numa barra externa seguida por uma barra interna e novamente por uma barra externa. Pode ser um padrão de reversão ou continuação consoante for localizado no início ou final de uma tendência. A ultima barra externa funciona como uma armadilha, dando um sinal de venda ao descer abaixo da mínima da barra interna para reverter, para fechar depois acima da máxima da barra interna. Esta armadilha pode resultar num movimento rápido. Pode funcionar como bandeira final (BF).

A entrada stop de um padrão EIE é um ponto acima da máxima das três barras e o stop protetivo um ponto abaixo da mínima das três barras.

E-mini NQ - Barra externa/interna/externa

Bandeira Final – BF

Tipo: Reversão

Uma bandeira final (BF) é uma perda de momento num padrão sobreposto e horizontal no que pode ser a ultima retração antes de uma potencial reversão. Forma geralmente uma lateralidade num tempo gráfico menor sendo uma área de equilíbrio entre touros e urso. Pode ser apenas uma ou algumas barras sobrepostas, como os padrões I, E, II, EE, IEI ou EIE. É esperado o rompimento da bandeira falhar e reverter.

No padrão BF, é frequente ver o sinal de entrada ativado do lado errado para depois reverter no sentido contrário. O primeiro target do rompimento falhado é o outro lado da BF.

E-mini NQ - Bandeira final

Retração de Rompimento com Barra Interna – RPI

Tipo: Reversão ou Continuidade

Uma retração de rompimento com barra interna (RPI) é uma barra de rompimento (BR) seguida de uma barra interna (I). Este padrão é de continuidade se for operado no início de uma tendência, e de reversão se for operado no final de uma tendência, funcionando neste ultimo caso como bandeira final (BF).

A entrada stop num padrão RPI é um ponto acima da barra interna I e o stop protetivo um ponto abaixo da barra interna I.

E-mini NQ - Retração de rompimento com barra interna

Como operar padrões de candles (barras)

Barra de sinal – BS

A barra ou padrão de sinal (padrão se tiver mais do que uma barra), é o sinal para uma possível entrada numa posição. A BS torna-se num sinal de entrada se a barra seguinte ultrapassar a sua máxima em um ponto com uma entrada stop. O primeiro stop protetivo é um ponto abaixo da BS. Pode se usar um stop maior, mas neste caso o target fica mais distante parase manter o mesmo rácio risco recompensa. A entrada, stop protetivo e target devem preferencialmente ser ajustados em função da estrutura de mercado.

E-mini NQ - Barra de sinal

Barra de Entrada – BE

A barra que ultrapassa a barra de sinal e ativa a ordem de entrada torna-se na barra de entrada (BE).

Uma boa barra de entrada é uma barra de tendência com pequenas sombras e preferencialmente maior do que a barra de sinal.

O que faz uma boa barra de entrada? Muitos traders a observar e a entrar na mesma altura. Se a barra de entrada for boa, poderá mover o stop um ponto abaixo desta, depois do preço romper a sua máxima.

E-mini NQ - Barra de entrada

Barra de Entrada Falhada – BEF

Se entrou com uma boa barra de sinal (BS), então muitos outros traders entraram consigo. Se o mercado não continuar na direção pretendida imprimindo uma barra de entrada (BE) de fraca qualidade, existe uma boa probabilidade do trade falhar.

Uma BE fraca pode ser formada por uma barra de tendência (T) na direção contrária ou uma barra doji (D). Significa que entraram muitos vendedores após a barra de sinal, existindo uma boa probabilidade do trade falhar.

Neste caso, a melhor opção será fechar a posição em breakeven ou com uma pequena perda.

Os rompimentos falhados de poucos pontos (1pf ou 5 pf) ou de atingir um target comum, fortalecem o sinal de BEF.

Quando o sinal é ativado do lado errado

É comum o sinal ser ativado do lado errado (como o preço abaixo da barra de sinal para uma compra). Nestes casos é melhor aguardar por mais price action, como por exemplo uma segunda entrada (2E).

Um sinal de reversão ativado no lado errado cria geralmente alguma sobreposição, que é seguida de algum padrão de lateralidade. A lateralidade significa que existem vendedores acima e compradores abaixo, sinal de indecisão.

Quando mercado se parece com Arame Farpado

O arame farpado (AF) é um tipo de lateralidade estreita de várias barras, muitas das quais doji (D). Se o AF ocorrer antes de um sinal, pode diminuir a probabilidade de sucesso do trade. É melhor não operar o AF, a menos que se tenha muita experiência e consiga reverter o mesmo depois de rompimento falhado numa pequena barra junto aos extremos. Na maioria das lateralidades estreitas, os rompimentos falham, por isso mais vale a pena ficar fora junto ao AF, e aguardar por mais price action.

Os Fundamentos da Estrutura de Mercado

A estrutura de mercado é um dos princípios básicos e mais importantes do price action.

Trata-se de um conceito avançado de análise técnica que estuda as fases direcionais do preço em que se encontram todos os mercados a cada momento e respetivas transições.

Decompor a estrutura de mercado

A estrutura de mercado é composta do elementos menor para o elemento maior pelas seguintes componentes: barra, perna, swing e tendência.

Barra

Num gráfico em qualquer horizonte temporal, a estrutura tem inicio no elemento menor com a formação de uma barra ou candle.

Perna

Várias barras consecutivas numa direção formam a perna. Uma perna também pode ser uma única barra se esta for longa.

Swing

O conjunto de duas ou mais pernas formam o swing com início e fim num fundo e topo respetivamente num swing de alta (ver figura acima), ou com início e fim num topo e fundo respetivamente num swing de baixa.

Tendência

Dois ou mais swings formam a tendência, que pode ser de alta com fundos mais altos (ver figura acima) ou de baixa com topos mais baixos. Se os topos e fundos se mantiverem aproximadamente ao mesmo, nível é formada uma lateralidade ou canal horizontal, em que o preço está em consolidação.

Correção

A perna, swing e correção são padrões impulsivos que projetam o preço numa direção. A natureza dos mercados não permite que o preço se mova indefinidamente numa direção, pelo que as correções com o preço na direção contrária dos impulsos fazem parte do ritmo natural da bolsa.

A distancia percorrida pelo impulso deverá ser maior que a distancia percorrida pela correção.

Os 3 tipos de estrutura de mercado

Os três tipos de estrutura (tendência, lateralidade e reversão) e respetivas transições são observáveis em qualquer tempo gráfico, desde o gráfico de 1 minuto até ao gráfico semanal ou mensal, considerando a natureza fractal dos mercados.

A estrutura do mercado é portanto única para cada tempo gráfico. Por exemplo, no gráfico diário, um mercado pode estar em lateralidade enquanto no gráfico de 5 minutos o mesmo encontra-se em tendência.

Uma tendência de alta pode reverter diretamente numa tendência de baixa e vice-versa. No entanto, também pode ocorrer uma lateralidade que faz a transição entre as duas tendências.

Se tendência a seguir à lateralidade for na mesma direção da tendência anterior, existe uma continuidade da direção da estrutura de mercado, e não uma reversão, como no caso anterior.

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