Máxima/Mínima 1, 2, 3 e 4 no Price Action – Brooks (2009)

QQQ 5 min - Máximas e Mínimas

Este artigo contém as minhas notas de estudo do livro Ler Gráficos de Preços Barra por Barra de Al Brooks*, estando integrado num resumo geral da obra, capitulo por capitulo.


Máxima 1

Um sinal fiável de que uma retração numa tendência touro ou lateralidade acabou é quando a máxima da barra atual estende pelo menos um ponto acima da máxima da barra anterior. Isto leva a um conceito útil de contar o número de tentativas que este fenómeno ocorre.

Numa retração de lado ou de baixa, a primeira barra cuja máxima é acima da máxima da barra anterior é uma Máxima 1, e isto conclui a primeira perna, embora possa tornar-se na primeira perna de numa retração maior.

Máxima 2

Se o mercado continuar de lado ou abaixo, chame à próxima ocorrência com uma barra com máxima acima da máxima da barra anterior como Máxima 2, concluindo a segunda perna.

Tem de existir pelo menos um pequeno rompimento da linha de tendência entre a Máxima 1 e Máxima 2, para indicar que os traders da tendência touro estão ativos. Sem isto, não procure comprar uma vez que a Máxima 1 e Máxima 2 fazem provavelmente parte ainda da primeira perna de correção.

Numa tendência de alta forte , a entrada da Máxima 2 pode ser mais alta do a entrada da Máxima 1, e numa tendência de baixa forte, a entrada da Mínima 2 pode ser mais baixa que a entrada da Mínima 1.

Máximas 3 e 4

Algumas retrações podem continuar a formar uma Máxima 3 ou Máxima 4. Acima da Máxima 4, é provável que o mercado não esteja mais a corrigir a tendência touro, e em vez disso esteja já numa tendência urso. Aguarde pelo desenvolvimento de mais price action antes de colocar uma negociação.

O inverso se aplica para as retraçóes ou correções de uma tendência urso, com Mínima 1,Mínima 2,mínima 3 e Mínima 4.

Em qualquer dos casos, os touros ou touros demonstram que retomaram o controlo ao romperem primeiro uma linha de tendência com forte momento.

Quando a retração se transforma em reversão

À medida que conta estas retrações poderá observar que o mercado continua a correção em vez de reverter, no qual tem de mudar a sua perspetiva. Se pensar que está numa lateralidade com uma nova máxima e depois observa uma Mínima 2 abaixo da máxima antiga (uma configuração de venda), mas em vez do mercado cair, continua a subir, deverá procurar por entradas de Máxima 1 e 2. É provável que a força dos touros seja suficiente para apenas procurar posições longas. Deverá deferir a entrada em posições curtas de Mínima 1 e Mínima 2 até aos ursos demonstrarem força suficiente para uma possível negociação de baixa (como um rompimento de linha de tendência seguido de um teste falhado da máxima swing.

As particularidades da lateralidade

Note que numa lateralidade, é comum ver uma Máxima 1, Máxima 2, Mínima 1 e Mínima 2 presentes no curso de 10 barras ou aproximado, mesmo que a Máxima 2 seja touro e Mínima 2 seja urso. Como o mercado está lateral, nem os touros nem os ursos controlam o price action por mais de um período breve, pelo que faz sentido cada parte tentar tomar o controlo, e cada vez que isso acontece, formar-se-ão padrões de touro ou urso.

Variações de numeração

Existem variações a esta numeração, mas o objetivo continua a ser a ajudar a descobrir correções de duas pernas. Por exemplo, numa tendência touro forte, uma retração de duas pernas pode formar como uma Máxima 1, mas funcionalmente ser uma retração de duas pernas. Se existir uma ou duas barras com corpo urso, isto poderá representar a primeira barra de baixa, mesmo que que a barra seguinte não se estenda acima da máxima da barra ou barras urso.

Se a barra seguinte tiver um corpo touro, mas a sua máxima continuar abaixo da máxima da tendência, torna-se o final da primeira perna de descida, mesmo que a próxima barra seja novamente uma barra de tendência urso.

Se a próxima barra se estender abaixo da mínima, procure uma barra dentro das próximas barras que se estenda acima da máxima da barra anterior, concluindo as duas pernas de descida. Veja cada barra como potencial barra de sinal, e coloque uma ordem stop um ponto acima da sua máxima. Assim que preenchida, terá agora uma variante da Máxima 2.

Existe também uma variação da Máxima/Mínima 4 falhada. Se a barra de sinal da Máxima 4 ou Mínima 4 for fraca, especialmente se for uma barra doji, algumas vezes a barra de entrada irá reverter rapidamente numa barra externa, ativando os stops protetivos dos traders que acabaram de entrar. Quando a barra de sinal é pequena, é melhor colocar o stop mais de um ponto além da barra de sinal para evitar uma falha, e tratar o padrão como válido mesmo que tecnicamente tenha falhado.

Tempos gráficos maiores

Correções complexas no gráfico de 5 minutos são geralmente correções simples de Máxima1/Mínima1 em tempos gráficos maiores. Não vale a pena observar os gráficos de horizontes temporais maiores já que as negociações são evidentes no de 5 minutes, arriscando a distrair-se com os poucos sinais que estes gráficos proporcionam e perdendo os múltiplos sinais no gráfico de 5 minutos.

Rompimentos falhados

As entradas mais fiáveis de Máxima e Mínima de barras ocorrem quando existe um rompimento falhado numa linha de tendência micro, porque estas só estão presentes em segmentos de tendência mais fortes.

Rompimento e retração na MME

Outro momento em que usar estas entradas é quando existe um impulso forte muito para além da MME e depois uma retração na MME com Máxima 1 (num touro) ou uma retração na MME com Máxima 1 (num urso), mesmo sem uma linha de tendência micro estar presente.

Operar em contra tendência

As tendências têm swings com máximas mais altas e mínimas altas num touro, e com máximas mais baixas e mínimas mais baixas num urso. Estes termos implicam que existe pelo menos um rompimento menor da linha de tendência de forma a que considere comprar uma máxima mais alta num touro ou num urso (neste ultimo caso uma contra tendência ou talvez uma reversão) e vender uma mínima alta num touro ou urso. Quando negociar contra tendência, deverá fazer scalp da maioria da sua posição a menos que a reversão seja forte.

Padrão de cunha

O mercado às vezes desce novamente e forma uma Máxima 3 depois de romper uma linha de canal e reverter em alta. Isto é uma reversão de cunha (três pernas e um rompimento falhado de uma linha de canal).

Não deverá gostar de ver uma barra de entrada longa tornar-se numa barra de tendência urso. Todas as contagens ganham mais significância quando seguem um rompimento de uma linha de tendência mais longa e forte.

A seguir a uma cunha descendente, não deverá querer vender até o mercado fazer duas pernas de alta. Uma Máxima 2 clara num mercado lateral é usualmente uma boa compra.

Fiabilidade da contagem

A contagem das barras é sempre mais fiável se as pernas são várias barras longas e rompem linhas de tendência claras. Por exemplo, uma Mínima 4 num urso não é uma boa posição curta num canal estreito de alta porque não existem claros rompimentos de linhas de tendência.

Depois de duas pernas de baixa e uma linha de tendência rompida, são prováveis duas pernas de subida.

Operar com a lateralidade estreita

Operar quando existe uma lateralidade estreita não é particularmente bom. Existem constantes barras de retração e demasiada sobreposição. Os padrões agem como um íman gigante, fazendo com que seja difícil para o mercado ir mais longe em qualquer direção até existir um rompimento falhado.

Depois de um rompimento forte de uma linha de tendência, é melhor focar-se em comprar uma mínima alta do que procurar configurações curtas até à mínima alta configurar uma falha. Contudo, se existir bastante espaço para a mínima antiga, poderá procurar uma posição curta a seguir ao primeiro impulso de subida forte, especialmente se acabar com a primeira barra de lacuna acima da MME num urso.

Condicionantes de entrada na Máxima ou Mínima 2

Embora uma Máxima 2 e uma Mínima 2 sejam configurações comuns de reversão, nunca deverão ser operadas a menos que a Máxima 1 ou Mínima 1 anterior rompa uma linha de tendência. O rompimento pode ocorrer num movimento de contra tendência ou de lateralidade, e quanto mais barras e mais momento existir na perna, maior é a força da contra tendência, e mais provável que a negociação de contra tendência com Máxima 2 ou Mínima 2 seja lucrativa.

Quando existem três ou mais barras com muita sobreposição e uma delas é um doji (arame farpado), é melhor aguardar por mais price action antes de iniciar um trade. Os touros e ursos estão em equilíbrio, e qualquer rompimento irá possivelmente falhar.

Alternativas ao gráfico de trade principal

Quando pondera se um sinal é suficientemente forte, é útil estudar o gráfico de várias perspetivas, por exemplo, usando um gráfico de barras ou um gráfico inverso.

*Tradução do editor para português do título original do livro Reading Price Charts Bar by Bar.